metodologia artistica

duas obras, um artista. registrando uma possibilidade: brincando de massinha ( esta mesmo) com minha filha... houve a proposta: vamos misturar. foi lindo. flores coloridas surgiram de moldes sem graça. As massinhas de hoje são bem mais flexiveis que as da minha época. refleti. não sei pintar. tenho medo das cores. mas com as massinhas não tive. gostei do exercício. joguei para a tela. e troque com o Sandro Torres no amigo secreto do museu de Gyn. me deu vontade de pintar mais.... muitas cores... eu... que sempre tive medo.... gravurista preto e branco. descobrindo possibilidades.

Tarde Fofa em casa... diante da disciplina do caos que é minha rotina, as vezes largo num canto a sacola do porém, e esqueço a chave do tempo para me perder no luxo do nada observando meus pássaros... que crio soltos.

A Menina no país das maravilhas Filme lindo . Mas uma coisa me chamou muita atenção... a casa de bonecas que a menina do filme ganha ( na imagem, ela olha pela "janela") e também as brincadeiras que ela e a irmã montam com sucatas... Elas vão dispondo informações visuais de um modo muito descompromissado e poético. Me lembrou muito o "tio", aí de baixo... Aliás, me lembrei de mim.

A estética da minha esquina.... Eu tenho um " tio " que mora na esquina da minha casa. nossa relação é de cumplicidade total quando não estamos de TPM. Ele fala sozinho. grita com as mulheres e as crianças. chama as pessoas de porcas. diz que espalham lixo pela rua. ele cata tudo. ele escolhe coisas e amarra... por ai... por onde ele passa... mas em especial na esquina da rua onde moro. eu fico na porta de casa, dando uma banda, mechendo em folhas... e não dá outra! TODO MUNDO OLHA A INSTALAÇÃO DO TIO. e daí vem discutir comigo...uma simples dona de casa cuidando de folhas... ahahahahahahahahhahah. é muito bom. estética no seu estado bruto. dai as pessoas vão embora e eu fico falando sozinha. As vezes o tio me chamam para um bate papo....

vai pra cima deles, tigrão!!! A DORO ESTÁDIO Jogo do Vila Nova com sei lá quem. vou de cadeira. observo melhor as pessoas. Me oferecem pipoca, refri, cigarro, bala, skiny. eu compro. Estico meu pé companheiro e registro a alegria do 3x2. acho. enfim, ganhamos. ganhei. observar os torcedores é relembrar meu pai. minha infância. sempre fui a estádios. ou melhor, aos jogos do vila nova .saí das cadeira e fui dar uma banda na geral. rádios, palavrões,assovios, olhares fixos. é isso. o que me encanta nos jogos são os olhares fixos. nem em show de Rock vi estes olhares...

cena reciclada Aniversário de Gyn. 76 anos. 76 artistas. 76 cenas da cidade. 76 telas. festa boa. Eu só pensava no catador de lixo reciclavel. aquele da foto lá embaixo. imaginei ele andando pela cidade e florindo tudo ( com flores de plástico)... eu não sou pintora...acabei desenhando com pincel no quadro. Mas o bom desta experiência ficou por conta do Prefeito. indignado com a imagem selecionada, ele veio conversar comigo e palestrar sobre a colete seletiva que acontece na cidade. ou que ele pensa que acontece. finalizou dizendo que meu quadro retrata uma época... ahahahhahahahhaha. Sendo assim eu devia ter escolhido pintar camelôs. ................

bolinhas e balões. semana passada tive o prazer de reencontrar dois grandes amigos do tempo de faculdade em Uberlândia.Pessoas especiais.Todos dois malucos. Certa vez, na minha casa, depois de umas cervejas (?), um deles descobriu um saco cheio de bolinhas pequenas de isopor ( que estava ali para a realização de uma instalação). Não é que o maluco enfiou a cara lá dentro em busca de uma " sensação". saiu direto para o hospital para a retirada da sensação do ouvido. ...... sensação boa a de entrar num túnel de balões ...

A imagem aí em cima é de uma telha... Meu querido amigo DaMata ( FJC) me convidou a pintar uma telha. eu e vários outros artistas. é para um leilão que vai beneficiar o hospital do câncer. Arte também é filantropia. e eu gostei de fazer...misturei técnicas...foi gostoso. taí. compartilho com vocês.

As flores de plástico também morrem! Esbarrei neste veículo " catador de flores" em um cruzamento de Goiãnia. O seu condutor é um Senhor surreal, que não quis gravar entrevista. Lembrei de você, jaqueline, e do seu projeto... apareça, amiga!

desculpem o atraso nestas postagens...mas realmente não podia deixar de compartilhar. esta instalação foi feita para a exposição 1/4 de 1/2 ambiente ( FICA/ 2009) e gerou algumas comoções...ausência de cor também é tragico.

Memorial descritivo da obra: A instalação to deflower traz como proposta de localização um canto, onde as duas paredes deste canto serão pintadas de preto. A instalação acompanha um CD ( anexado ao projeto sem que a gravação fosse repetida) e um tocador de CD que ficarão resguardados visualmente dentro de uma caixa de madeira que serve de suporte para as peças de gesso. O CD ficará em constante funcionamento. A caixa de madeira é preta e sobre ela serão dispostos as peças de gesso. Sua altura é de 20 cm, e vem em formato de triângulo para se encaixar no canto. To deflower reestrutura o “canto” de Gaston Bachelard, desnudando a melancolia, o horror e a impotência diante de abusos. No símbolo da casa, o homem reconhece a intimidade e a proteção. Bachelard desenvolve a idéia do abrigo, do refúgio e da proteção acendendo todas as luzes fugidias do devaneio. A imaginação humana trabalha esta proteção e este abrigo construindo paredes com sombras impalpáveis e se reconforta com ilusões de pr

estes dias foram tumultuados. consegui finalizar o texto sobre a obra do meu querido amigo João Colagem. que bom que ele gostou. falamos sobre Charles Baudelaire, o estar e ser Dândi, e a obra quase miólógica de João. Em breve, abro um link aqui para o texto. Agora estou mais calma. consegui finalizar o trabalho que vai para a exposição no FICA. o processo foi muito penoso. um fazer e desfazer sem fim. não conseguia formatar o que criava. e o que conseguia formatar não me agradava. A proposta: lidar com transparência que iria remeter a água, e nesta transparência tratar de fauna e flora. tendo a transparência como uma situação de ausência. imaginei casulos, instalação com flores de plástico transparente, caixas de acrílico (como de abtual) e acabei finalizando o trabalho com gravura digital... e transparência. flores de vitórias régias em um vaso e borboletas transparentes e sem vida impedidas de voar. A gravura digital vem do processo que desenvolvi no mestrado. e as flores também fiz

o texto

“4/4 de 1/2 ambiente” é o nome sugestivo de uma exposição que apresenta a proposta do Festival Internacional do Cinema Ambiental (FICA), e que acontece durante o evento, no ateliê da artista plástica goiana Rossanna Jardim, na antiga casa de Veiga Valle. Rossanna reúne três artistas contemporâneas para, juntamente com ela, explorarem o assunto, que a princípio parece inesgotável, mas que esconde armadilhas. Atentas à leveza que o tema esconde e que suas poéticas femininas exalam, entendendo a urgência da vida, e a indolência da criação, e principalmente com coragem para sugerir sem contar, “4/4 de 1/2 ambiente” transita entre os elementos. O objeto de Alana Morais imagina a escassez da água no ecossistema e prevê, assim, uma natureza ainda delicada, mas tragicamente sem cor. As fotografias de Jaqueline Commazzi captam as pigmentações provocadas em nossas construções pelas sutilezas das cores que a terra nos oferece... as flores. Hortência Moreira trabalha e molda as cores em materiais

Ride, ridentes! Derride, derridentes! Risonhai aos risos, rimente risandai! Derride sorrimente! Risos sobrerrisos -risadas de sorrideiros risores! Hilare esrir, risos de sobrerridores riseiros! Sorrisonhos, risonhos, sorride, ridiculai, risando, risantes, Hilariando, riando, Ride, ridentes! Derride, derridentes! Encantação do riso de V. khelébinikov, de 1910. Quem ri de tudo, é desespero! Amor pra recomeçar - Frejat.

convite!!! Assim que recebi o convite da minha querida amiga artista Rossanna jardim para expôr em Goiás durante o FICA, retomei a observação para o meu processo de criação. resovi sistematizar mais ainda minhas anotações. e retomei meu caderno, que a partir de agora vou digitalizar a medida que for anotando meus pensamentos. Fica evidente pelos adesivos que estava com meus filhos por perto no momento da enchurrada. a cor é em homenagem ao gato. estou a mais de uma semana tentando postar esta imagem e só agora consegui entender porque não conseguia ( estava salvando errado). e agora tenho um monte para postar. ou melhor, atualizar. bom, mas o que vale mesmo é que estas anotações participaram do processo íntimo que levou a obra final. e como mudou... eu não conseguia tirar da cabeça... na verdade, o projeto que mais me agradava era a instalação, mas resolvi guarda-la para uma próxima oportunidade.

Rabisquinho bom! caneta bic, conversas com Catarina no pergolado... cada vez que , durante o assunto, a gente se animava, eu rabiscava mais forte. fazia bolinhas....ahahhahah. Enquanto rabiscava pensando desenhar me imaginei no parque ( que eu adoro) observando as pessoas passando, e a cada passante, um rabisco na tentativa de apreender a energia do transeunte. de tentar trazer para o papel este instante de apreensão visual de um cotidiano urbano. sinergia. desenho abstrato no parque. será que consigo? eu quero...

O quase nada do meu tudo! hoje eu tive um momento 'incorporal". foi maravilhoso. eu fiquei extasiada diante da simplicidade. Foi quase como descobrir a chave do paraíso. mas foi tão rápido... Eu estava em um quintal "velho conhecido", esperando minha mãe . comecei me desligando olhando as plantas ao meu redor. plantas simples... dispostas sem pretenção pelo espaço. observei pinturas meio descascadas... tubos aparentes. me chamou atenção roupas no varal do apartamento no prédio a minha frente. fiquei olhando... senti uma rápida sensação de simplicidade. da beleza do óbvio. do cotidiano. da dignidade do hoje tido como nada. me deu uma vontade de sumir para dentro de mim....para nunca mais perder este tudo. entendi naquele rápido segundo porque amo terra. chão. o urbanismo das cidade de interior. a eficiência do singular disposta na magnitude de uma bagagem cultural. dai escolhi esta foto do Alex frente a uma cachoeira em piri para ilustrar este texto ... na verdade, e

Sala de espera! Descobri que salas de espera podem se tornar muito profícuas. Tenho participado de uma peregrinação por várias, e não consigo me concentrar em meio ao movimento, entra e sai de rostos, roupas, burburinho, barulhinho, boas tardes, as vezes tv, as vezes choro. Por isso não levo meu livro... ele não merece! Ah, fico tonta com MP3... daí hoje, cansada de olhar para a avozinha, para a perua de salto, para o tio bonachão que conversava com todo mundo... comecei a encarar o meu pé. ou melhor... o tênis em torno do meu pé. Daí comecei a lembrar dos cursos de desenho de observação que fiz com o Rui aqui em Gyn em em meio aos seus gatos e massagens nos pés( delícia!). ótima pessoa! "desenhando com o lado direito do cérebro" e daí a gente mergulhava nos detalhes... a esta altura eu estava tão concentrada no meu tênis que me sentia imóvel. Daí não deu outra... peguei a agenda (único papel disponível) e desenhei o meu tênis no meu pé! Enquanto me concentrava nos riscos, fi

hoje estou meio assim... como se estivesse faltando algo. na imagem ao lado estão as obras ( embaladas) do meu querido amigo João Colagem, que ficaram hospedadas em meu ateliê por dois meses. mas ficaram sem esta embalagem!!! Daí eu passava por elas durante do dia e era só alegria! quanta inspiração! Não me cansei de olhar. de admirar. de fazer conjecturas. de criar . mas agora elas vão embora (snif). foi dificil embalar uma a uma..Obrigada João ! Sabe, eu acho que os artistas deveriam fazer isso... mandar suas obras passearem no ateliê uns dos outros...

" quanto feriado...deixa de ser uma novidade, um dia especial... " eu ouvi isso!!! bom, aproveitei para ir ao parque... fui muito ao parque... fui demais. enquanto a Catarina brincava eu observava as pessoas caminhando, se exercitando... e me questionava: qual o sentido do que faço na vida destas pessoas? qual a importância da arte no cotidiano delas? tem algum interesse ? não posso negar que adoro este tipo de exercício...o de imaginar. fiquei imagenando enquanto tomava um água de coco.

modão, gente!!!! Rastro. A memória de você escapa... Leves esquecimentos. To perdendo nossas senhas! Seu cheiro... o fundo que envolvia Em fluxo meu desejo.... Beijando minha vontade. Estamos desatando os laços To perdendo o seu rastro, É distância em esquecimento Amor de momento. Seu sabor proibido... Sedução que não calava, Em sua boca, minha alma. Estamos desatando os laços To perdendo o seu rastro, É distância em esquecimento Amor de momento. Minha pele que não vacilava Ao tocar a sua... Já não lembra dos arrepios Não sabe sua temperatura. Meus sentidos e você Prestes a me dar, você escapa Minhas lembranças não te alcançam... Preciso te rever! Estamos desatando os laços To perdendo seu rastro, É distância em esquecimento Amor de momento. Alana Morais

escrevi hoje. divido com vcs. eu sei. não to normal... mas to gostando... to deixando vir. sem amarras. ta bom...to feliz. Padeço de você Perdi o medo de ausências Foi-se o silêncio... Minha alma pulsa de alegria e paixão Meu corpo pede o seu toque ...mais uma vez. Quero prolongar esta sensação a tempos adormecida Provoco o coração e Padeço de você Planos para te ter Nada mais são do que estratégias para não me perder Sei que você me deseja Percebo seu desconforto Mas querido, ainda não ultrapasse. Eu quero viver esta sensação mais um pouco. Planos para te ter Nada mais são do que estratégias para não me perder Vou indo, mas sei que fico em seu olhar. Eu te quero, não se confunda. Tanto que já nem sei se é você ou eu. Mas quero um pouco mais do que me dominou. Tenha paciência .enquanto isso eu Provoco o coração e Padeço de você Planos para te ter Nada mais são do que estratégias para não me perder. Alana Morais

ouvi que atração física é infantilidade... que paixão é pura volúpia de espírito indomado. que quando a beleza " comove" é sinal de fraqueza. onde enfio tudo aquilo que acredito no meio disso? lido com beleza, com encantamentos, com mensagens visuais. acredito em olhares. em pele. em toque. em envolvimento. no mínimo. mas no mínimo mesmo , me ajuda a criar. ( a canção aí embaixo é pura atração) daí li: " A modernidade ofereceu-se aos homens como projeto de construção secular. Por meio da razão, seria possivel conquistar a sorte que tanto afligia os gregos e reaizar na terra o que a cristandade medieval apenas prometia para o reino dos céus. A felicidade seria uma construção individual e progressiva rumo a um fim determinado. Paradoxalmente, essa ideia libertadora apenas trouxe o seu reverso: se a felicidade era responsabilidade nossa, a infelicidade também. E, adicionalmente, se a felicidade era convertida em projeto, ela seria igualmente converida em instisfação intermi

estive conversando com o Sérgio, querido amigo do mestrado. a proposta dele: ilustração de livros ( usarei colagens) e alguns trabalhos juntos. a idéia seria participar de alguns salões usando plotters gigantes. gostei. pensei na hora em guernica( sei lá por que...) daí pensei em " guernica tecnológica" guerra de mundos internos. flagelo da solidão exposta. vou produzir algo por ai, dai vou mandar para ele, que vai mandar para mim,ping pong. vamos ver..

Bartolomeu valorizando seu precioso tempo!!!! Enquanto isso eu lia os termos da lei Goyazes...

Oi, bom, a idéia que promove a existência deste blog é divulgar a forma como instrumentalizamos um método. o método da criação.a metodologia artistica.navegar aqui, significa participar ( sim, você pode!) da genética da criação. bem vindo.